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| Texto na íntegra |
01. (VUNESP/2014) Gatti et alii (2001), citando Tedesco (2010), afirmam que, há algumas décadas, a educação, o governo da educação, o trabalho dos professores e os currículos definiam-se “dentro de um projeto de construção de um Estado-nação”, posto como finalidade das redes educacionais. E hoje, no atual contexto da inclusão de todos, no que diz respeito aos bens públicos educacionais e sociais, sua finalidade está situada, em tese, na construção de uma sociedade mais justa. Essas pesquisadoras acrescentam ainda que, como decorrência disso, precisamos de
(A) uma escola bem equipada, com professores bem formados e recebendo remuneração que lhes permita trabalhar numa escola só.
(B) uma educação escolar de tempo integral que tire milhares de crianças e adolescentes das ruas, oferecendo-lhes merenda nutritiva e ensino forte.
(C) uma pedagogia que avalie com justiça, que só promova alunos disciplinados que, por isso mesmo,
aprenderam de fato.
(D) um ensino bem “puxado” e bastante competitivo, mostrando que, para viver em sociedade, o justo é colher o que se plantou.
(E) uma escola justa, e, para termos uma escola justa, precisamos de professores que assumam esse com-
promisso.
02. (VUNESP/2014) Novos ordenamentos estruturais no mundo contemporâneo trazem consigo demandas e pressões de diversos grupos sociais que implicam uma destacada preocupação com a educação e, por decorrência, com a formação de professores e suas condições de trabalho. No Estado de São Paulo, assim como nos demais estados federados, e no âmbito da União, podem ser constatadas ações governamentais no setor da educação escolar. Os estudos de Gatti et alii (2001) indicam que, para avaliar a real importância política atribuída a esse setor da ação governamental, como também sua adequação e o tipo de impacto que poderá ter na realidade educacional, devem ser colhidos indícios que se fazem presentes
(A) nos documentos que apresentam os compromissos de campanha do governo eleito e que revelam suas
reais intenções quanto aos investimentos e às ações transformadoras em relação à educação escolar.
(B) no modo como as decisões governamentais são formuladas e implementadas; na sua articulação, ou não, entre si e com políticas mais amplas; nas suas metas, claras ou não; no seu financiamento e gerenciamento.
(C) no regime de avaliação do rendimento escolar, pois, quanto mais rigorosa for a verificação do que os estudantes aprenderam, maior é o valor atribuído à educação escolar e a seus profissionais.
(D) na presença ou não de remuneração dos professores por mérito, com bonificação que reconheça e premie os profissionais mais esforçados e/ou aqueles que aceitam trabalhar com os alunos mais difíceis.
(E) no modelo de gestão das unidades escolares e do sistema, o qual revela se o governo confia e valoriza seus profissionais educadores, garantindo que eles elejam suas lideranças ou se o governo apoia a casta de funcionários efetivos.
GABARITO
01 - E
02 - B
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