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22 de set. de 2021

Direito Processual Penal - Escrevente TJ

 01.(VUNESP/2018) A respeito das causas de impedimento e suspeição do juiz, de acordo com o Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. 

(A) Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o quarto grau. 

(B) O juiz será suspeito, podendo ser recusado por qualquer das partes, se já tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se de fato ou de direito sobre a questão. 

(C) Ainda que dissolvido o casamento, sem descendentes, que ensejava impedimento ou suspeição, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. 

(D) O juiz será impedido se for credor ou devedor de qualquer das partes. 

(E) A suspeição poderá ser reconhecida ou declarada ainda que a parte injurie, de propósito, o juiz. 

02.(VUNESP/2018) A respeito do acusado e do defensor, é correto afirmar que 

(A) o acusado, ainda que tenha habilitação, não poderá a si mesmo defender, sendo-lhe nomeado defensor, pelo juiz, caso não o tenha. 

(B) a constituição de defensor dependerá de instrumento de mandato, ainda que a nomeação se der por ocasião do interrogatório. 

(C) o acusado ausente não poderá ser processado sem defensor. Já o foragido, existindo sentença condenatória, ainda que não transitada em julgado, sim. 

(D) se o defensor constituído pelo acusado não puder comparecer à audiência, por motivo justificado, provado até a abertura da audiência, nomear-se-á defensor dativo, para a realização do ato, que não será adiado. 

(E) o acusado, ainda que possua defensor nomeado pelo Juiz, poderá, a todo tempo, nomear outro, de sua confiança.

03.(VUNESP/2018) Com relação à citação do acusado, assinale a alternativa correta. 

(A) A citação inicial do acusado far-se-á pessoalmente, por intermédio de mandado judicial, carta precatória ou hora certa. 

(B) Ao acusado, citado por edital, que não comparecer ou constituir advogado, será nomeado defensor, prosseguindo o processo. 

(C) Estando o acusado no estrangeiro, suspende-se o processo e o prazo prescricional até que retorne ao País. 

(D) Completada a citação por hora certa, não comparecendo o réu, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 

(E) A citação do réu preso far-se-á na pessoa do Diretor do estabelecimento prisional. 

04.(VUNESP/2018) Segundo o Código de Processo Penal, a respeito do processo comum, é correto dizer que 

(A) aceita a denúncia ou a queixa, o Juiz não poderá absolver sumariamente o réu, após a apresentação da resposta à acusação. 

(B) a parte, no procedimento ordinário, não poderá desistir de testemunha, anteriormente arrolada. 

(C) o procedimento será ordinário, sumário ou sumaríssimo; o procedimento sumaríssimo será o aplicado quando se tem por objeto crime sancionado com pena privativa de liberdade de até 04 (quatro) anos. 

(D) são causas de rejeição da denúncia ou queixa a inépcia, a falta de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal e a falta de justa causa. 

(E) no procedimento ordinário, poderão ser ouvidas até 08 (oito) testemunhas, de acusação e defesa, compreendidas, nesse número, as que não prestam compromisso.

05.(VUNESP/2018) Com relação ao procedimento relativo aos processos de competência do tribunal do júri, assinale a alternativa correta. 

(A) Pronunciado o acusado, remetidos os autos ao tribunal do júri, será a defesa intimada para apresentar o rol de testemunhas que irão depor, em plenário, até o máximo de 08 (oito). 

(B) Constituirão o Conselho de Sentença, em cada sessão de julgamento, 07 (sete) jurados, sorteados dentre os alistados, aplicando-se a eles o disposto sobre os impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades dos juízes togados. 

(C) Encerrada a instrução preliminar, o juiz, fundamentadamente, pronunciará ou impronunciará o acusado, não cabendo, nessa fase, a absolvição sumária. 

(D) Contra a sentença de impronúncia do acusado caberá recurso em sentido estrito. 

(E) O risco à segurança pessoal do acusado não enseja desaforamento do julgamento para outra comarca, sendo motivo justificante a dúvida razoável sobre a imparcialidade do júri. 

06.(VUNESP/2018) Com relação aos recursos e revisão, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto dizer que 

(A) no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, ainda que fundado em motivos pessoais, aproveitará aos outros. 

(B) a revisão criminal só poderá ser requerida no prazo de até 02 (dois) anos da sentença condenatória, transitada em julgado. 

(C) interposta a Apelação somente pelo acusado, não pode o Tribunal reinquirir testemunhas ou determinar diligências. 

(D) nos processos de contravenção, interposta a apelação, o prazo para arrazoar será de 03 (três) dias. 

(E) na apelação e no recurso em sentido estrito, há previsão de juízo de retratação.

07.(VUNESP/2018) A respeito da Lei no 9.099/95 (arts. 60 a 83; 88 e 89), assinale a alternativa correta. 

(A) Reunidos os processos, por força de conexão ou continência, perante o juízo comum ou tribunal do júri, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. 

(B) São consideradas infrações de menor potencial ofensivo as contravenções e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 03 (três) anos, cumulada ou não com multa. 

(C) Não sendo encontrado o acusado, o feito permanecerá no Juizado Especial Criminal, mas ficará suspenso, até que seja localizado. 

(D) O acordo de composição civil entre o acusado e a vítima, nos casos de ação penal pública, condicionada e incondicionada, implica extinção da punibilidade ao autor do fato. 

(E) Nos crimes em que a pena mínima cominada for inferior a 02 (dois) anos, o Ministério Público, ao oferecer denúncia, poderá propor a suspensão condicional do processo ao acusado que não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime.


GABARITO

01 - C

02 - E

03 - D

04 - D

05 - B

06 - D

07 - A

Direito Penal - Escrevente TJ

 01.(VUNESP/2018) A respeito dos crimes previstos nos artigos 293 a 305 do Código Penal, assinale a alternativa correta. 

(A) A falsificação de livros mercantis caracteriza o crime de falsificação de documento particular (art. 298 do CP). 

(B) O crime de falsidade ideológica (art. 299 do CP), em documento público, é próprio de funcionário público. 

(C) No crime de falsidade de atestado médico (art. 302 do CP), independentemente da finalidade de lucro do agente, além da pena privativa de liberdade, aplica-se multa. 

(D) O crime de supressão de documento (art. 305 do CP), para se caracterizar, exige que o documento seja verdadeiro. 

(E) O crime de falsificação de documento público (art. 297 do CP) é próprio de funcionário público.

02.(VUNESP/2018) No tocante às infrações previstas nos artigos 307, 308 e 311-A, do Código Penal, assinale a alternativa correta. 

(A) A conduta de atribuir a terceiro falsa identidade é penalmente atípica, sendo crime apenas atribuir a si próprio identidade falsa. 

(B) O crime de fraude em certames de interesse público configura-se pela divulgação de conteúdo de certame, ainda que não sigiloso. 

(C) O crime de fraude em certames de interesse público prevê a figura qualificada, se dele resulta dano à administração pública. 

(D) A conduta de ceder o documento de identidade a terceiro, para que dele se utilize, é penalmente atípica, sendo crime apenas o uso, como próprio, de documento alheio. 

(E) O crime de fraude em certames de interesse público é próprio de funcionário público.

03.(VUNESP/2018) A respeito dos crimes praticados por funcionários públicos contra a administração pública, é correto afirmar que 

(A) Caio, funcionário público, ao empregar verba própria da educação, destinada por lei, na saúde, em tese, incorre no crime de emprego irregular de verba pública (art. 315 do CP). 

(B) Tícia, funcionária pública, ao exigir, em razão de sua função, que determinada empresa contrate o filho, em tese, incorre no crime de corrupção passiva (art. 317 do CP). 

(C) Mévio, funcionário público, em razão de sua função, ao aceitar promessa de recebimento de passagens aéreas, para férias da família, não incorre no crime de corrupção passiva (art. 317 do CP), já que referido tipo penal exige o efetivo recebimento de vantagem indevida. 

(D) Tício, funcionário público, ao se apropriar do dinheiro arrecadado pelos funcionários da repartição para comprar o bolo de comemoração dos aniversariantes do mês, em tese, pratica o crime de peculato (art. 312 do CP). 

(E) Mévia, funcionária pública, não sendo advogada, não pode incorrer no crime de advocacia administrativa (art. 321 do CP), já que referido tipo penal exige a qualidade de advogado do sujeito ativo.

04.(VUNESP/2018) A respeito dos crimes praticados por particulares contra a administração, em geral (arts. 328; 329; 330; 331; 332; 333; 335; 336 e 337 do CP), assinale a alternativa correta. 

(A) O crime de desacato não se configura se o funcionário público não estiver no exercício da função, ainda que o desacato seja em razão dela. 

(B) Para se configurar, o crime de usurpação de função pública exige que o agente, enquanto na função, obtenha vantagem. 

(C) Para se configurar, o crime de corrupção ativa exige o retardo ou a omissão do ato de ofício, pelo funcionário público, em razão do recebimento ou promessa de vantagem indevida. 

(D) Aquele que se abstém de licitar em hasta pública, em razão de vantagem indevida, não é punido pelo crime de impedimento, perturbação ou fraude de concorrência, já que se trata de conduta atípica. 

(E) Não há previsão de modalidade culposa.

05.(VUNESP/2018) A respeito dos crimes contra a administração da justiça (arts. 339 a 347 do CP), assinale a alternativa correta. 

(A) A autoacusação para acobertar ascendente ou descendente é atípica. 

(B) Dar causa a inquérito civil contra alguém, imputando-lhe falsamente a prática de crime, em tese, caracteriza o crime de denunciação caluniosa. 

(C) Provocar a ação de autoridade, comunicando a ocorrência de crime que sabe não ter se verificado, em tese, caracteriza o crime de denunciação caluniosa. 

(D) O crime de falso testemunho exige, para configuração, que o agente receba vantagem econômica ou outra de qualquer natureza. 

(E) O crime de exercício arbitrário das próprias razões procede-se mediante queixa, ainda que haja emprego de violência. 

06.(VUNESP/2018) A respeito do crime de exploração de prestígio (art. 357 do CP), é correto afirmar que 

(A) prevê causa de aumento se o agente alega ou insinua que o dinheiro é também destinado a funcionário público estrangeiro. 

(B) prevê modalidade culposa. 

(C) se caracteriza pela conduta de receber dinheiro a pretexto de influir em ato praticado por qualquer funcionário público. 

(D) se trata de crime comum, não se exigindo qualquer qualidade especial do autor. 

(E) para se configurar, exige o efetivo recebimento de dinheiro pelo agente.


GABARITO

01 - D

02 - C

03 - A

04 - E

05 - B

06 - D



7 de set. de 2021

Português - TJ Escrevente

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 05. 

Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português extremamente culto e correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os personagens se expressam de maneira correta e erudita. 

Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. “Não tenho nada contra a linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente”. 

O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago, conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. “Muitas vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador. Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil”, afirma Nogueira, que também diz se inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado de Assis e Eça de Queiroz. 

Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da novela foi pensada para casar com o texto. “É uma novela que se passa no fim dos anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga se sentir em outra época”, diz.

 (Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado) 

01. (VUNESP/2018) De acordo com o texto, entende-se que as formas linguísticas empregadas na novela 

(A) correspondem a um linguajar que, apesar de ser antigo, continua em amplo uso na linguagem atual. 

(B) divergem dos usos linguísticos atuais, caracterizados pela adoção de formas mais coloquiais. 

(C) estão associadas ao coloquial, o que dá mais vivacidade à linguagem e desperta o interesse do público. 

(D) harmonizam-se com a linguagem dos dias atuais porque deixam de lado os usos corretos e formais. 

(E) constituem usos comuns na linguagem moderna, porém a maior parte das pessoas não os entende

02. (VUNESP/2018)As informações textuais permitem afirmar corretamente que 

(A) a proximidade entre a literatura e as novelas exige que haja um senso estético aguçado em relação à linguagem, por isso essas artes primam pelo erudito. 

(B) a linguagem coloquial atrai sobremaneira os autores de novelas, como é o caso de Alcides Nogueira, que desconhecia o emprego de formas eruditas. 

(C) a linguagem erudita deixa de ser empregada na novela quando há necessidade de retratar os momentos mais banais vividos pelas personagens. 

(D) a opção por escrever uma novela de época implica a transposição de elementos visuais e linguísticos para o tempo presente, modernizando-os. 

(E) a harmonização entre a linguagem e a estética da novela contribui para que a caracterização de uma época seja mais bem entendida pelo público. 

03. (VUNESP/2018) No texto, há exemplo de uso coloquial da linguagem na passagem: 

(A) ... então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. 

(B) Com frases que parecem retiradas de um romance antigo, [...] os personagens se expressam de maneira correta e erudita. 

(C) Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português extremamente culto e correto... 

(D) ... o autor da novela [...] diz que o linguajar de seus personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. 

(E) Ele revela que toma diversos cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. 

04. (VUNESP/2018) Considere as passagens: 

• ... os personagens se expressam de maneira correta e erudita. (1o parágrafo) 

• Compartilhou-lhe o sentimento Jayme Monjardim... (4o parágrafo) 

• “... para que o telespectador consiga se sentir em outra época”... (4o parágrafo) Os pronomes, em destaque, assumem nos enunciados, correta e respectivamente, os sentidos: 

(A) recíproco, possessivo e reflexivo. 

(B) recíproco, reflexivo e reflexivo. 

(C) reflexivo, possessivo e reflexivo. 

(D) reflexivo, demonstrativo e enfático.

(E) reflexivo, enfático e possessivo.

05. (VUNESP/2018) Sem prejuízo de sentido ao texto, as passagens “Quem assiste a ‘Tempo de Amar’ já reparou no português extremamente culto...” (1o parágrafo) e “Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil”… (3o parágrafo) estão corretamente reescritas em: 

(A) Quem assiste a “Tempo de Amar” já corrigiu o português excepcionalmente culto... / Seguramente, a escrita foi ficando mais fácil. 

(B) Quem assiste a “Tempo de Amar” já se deu conta do português agudamente culto... / Rapidamente, a escrita foi ficando mais fácil. 

(C) Quem assiste a “Tempo de Amar” já percebeu o português muitíssimo culto... / Paulatinamente, a escrita foi ficando mais fácil. 

(D) Quem assiste a “Tempo de Amar” já reconheceu o português ocasionalmente culto... / Curiosamente, a escrita foi ficando mais fácil. 

(E) Quem assiste a “Tempo de Amar” já se aborreceu com o português sagazmente culto... / Lentamente, a escrita foi ficando mais fácil.

Leia o texto para responder às questões de números 06 a 08. 

Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase: 

– Ó universo, eu sou-te, 

em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação. 

Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância. 

A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo. 

A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela. 

(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)

06. (VUNESP/2018) No texto, o autor defende que 

(A) a transformação das formas de comunicação está restrita à linguagem oral, normalmente menos formal que a escrita. 

(B) a linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que para isso suas regras tenham de ser violadas. 

(C) o estilo dos escritores rompe com a tradição da linguagem, o que implica que eles, cada vez mais, estão submissos a ela. 

(D) os discursos lógicos e artísticos, para serem mais coerentes, têm evitado as violações linguísticas a que poderiam recorrer. 

(E) a forma como muitas pessoas se comunicam cotidianamente tem deturpado a essência da língua, comprometendo-lhe a clareza. 

07. (VUNESP/2018) Assinale a alternativa em que, ao contrário da construção “aquela rapaz”, segue-se a lei fundamental da concordância, de acordo com a norma-padrão. 

(A) Quando o despacho chegou, a primeira coisa que o advogado fez foi conferir os documentos anexos. 

(B) Era um dia ensolarado, e não se sabe como foi atropelado aquela mulher em uma avenida tranquila. 

(C) Parece-me que este ano está chovendo muito, mas ainda assim há menas chuvas do que em anos anteriores. 

(D) As crianças brincavam no jardim, colhendo flores colorida e presenteando-se num gesto emocionante. 

(E) Quando entraram na casa abandonada, uma cobra estava escondido ali. Assustaram-se, pois era um bicho perigoso. 

08. (VUNESP/2018) Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de colocação pronominal. 

(A) A prosódia, já disse-o alguém, não é mais que função do estilo. 

(B) Se consubstancia o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na frase: – Ó universo, eu sou-te. 

(C) Tendo referido-me a Deus simultaneamente como o Criador e a Alma do mundo, recorri à frase: – Ó universo, eu sou-te. 

(D) Sirvamo-nos da linguagem para quaisquer efeitos, sejam eles lógicos ou artísticos. 

(E) Para expressar minha ideia, juntariam-se o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na frase.

Leia o texto para responder às questões de números 09 a 18. 

Ai, Gramática. Ai, vida. 

O que a gente deve aos professores! 

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu’aux rois – dizia Molière: a gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem da gramática. 

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as revistas MAD e outras que vocês podem imaginar). 

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida. 

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação. 

Infância: a permanente exclamação: 

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não mama! 

Me dá! É meu! 

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva! 

Olha como o vovô está quietinho, mamãe! 

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe! 

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como este! Dá agora! Dá agora, se tu és homem! 

Dá agora, quero ver! 

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado) 

09. (VUNESP/2018) No texto, o autor recorre a várias citações, com a finalidade de 

(A) discutir a falta de necessidade do ensino de gramática, uma vez que seu domínio não implica necessariamente saber usar a língua de forma adequada. 

(B) enfatizar as discrepâncias quanto à necessidade da gramática para a vida, concluindo que ela é inútil e só tem servido como atividade escolar. 

(C) propor a obrigatoriedade do ensino da gramática dentro e fora da escola, possibilitando que as pessoas usem melhor a língua materna. 

(D) questionar a fascinação que grandes personalidades têm em relação à gramática, a qual, na maioria das vezes, ultrapassa os limites do contexto escolar. 

(E) mostrar diferentes perspectivas em relação à gramática, concluindo que ela é relevante e que algumas de suas partes assemelham-se a fases da vida.

10. (VUNESP/2018) Observe as passagens do texto: 

• O que a gente deve aos professores! (1o parágrafo) 

• ... mas quem, professoras, nos ensina a viver? (4o parágrafo) 

Observando-se o contexto em que ocorrem e a pontuação nelas presentes, conclui-se que as frases apontam, correta e respectivamente, para os seguintes sentidos: 

(A) o narrador sente que está em dívida com os professores, por tudo o que aprendeu; o narrador acredita que o papel da gramática no cotidiano é incompreendido. 

(B) o narrador demonstra reconhecimento pelo que lhe foi ensinado pelos professores; o narrador questiona qual é o papel da gramática na vida cotidiana das pessoas. 

(C) o narrador ironiza a educação e os ensinamentos de seus professores; o narrador sugere que a gramática não tem importância nenhuma na vida das pessoas. 

(D) o narrador expressa certo descontentamento com o que os professores lhe ensinaram; o narrador tem plena certeza de que a gramática transforma a vida das pessoas. 

(E) o narrador questiona os ensinamentos gramaticais que recebeu dos professores; o narrador discorda da ideia de que a gramática seja a disciplina mais importante. 

11. (VUNESP/2018) Quando o autor diz que a vida é pontuação e associa a infância à exclamação, seu objetivo é mostrar que 

(A) o pleno encantamento marca esse período da vida, e as emoções tendem a mostrar-se com mais intensidade e espontaneidade. 

(B) a percepção exagerada das crianças não tem como se justificar na relação que elas estabelecem com os adultos e o mundo. 

(C) os adultos tendem a ficar incomodados com a forma como as crianças vão descobrindo os segredos do mundo. 

(D) os adultos têm dificuldade para atender o encantamento das crianças pelas suas descobertas com o mundo que as circunda. 

(E) as crianças normalmente descobrem o mundo sem reagir aos acontecimentos que marcam essa etapa de seu desenvolvimento.

12. (VUNESP/2018) O que Oscar Wilde afirma acerca de George Moore – escreveu excelente inglês, até que descobriu a gramática – significa que 

(A) George Moore passou a escrever em inglês popular somente depois que descobriu a riqueza da gramática. 

(B) a descoberta da gramática por George Moore surpreendeu a todos, pelo padrão de excelência de sua obra. 

(C) o fato de escrever com excelência em inglês não impediu George Moore de buscar linguagem mais contemporânea. 

(D) a gramática agiu, na obra de George Moore, para acentuar sua tendência a uma escrita de alta qualidade técnica. 

(E) o contato com a gramática ocasionou, na obra de George Moore, o comprometimento da qualidade de sua escrita.

13. (VUNESP/2018) Assinale a alternativa em que as frases da passagem Infância: a permanente exclamação expressam as vivências infantis relacionadas à possessividade e à escolarização, respectivamente. 

(A) Dá agora! Dá agora, se tu és homem! / Ele não se mexe, mamãe! 

(B) Que grande! E como chora! / Ele nem fala, mamãe! 

(C) Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! / Dá agora, quero ver! 

(D) Me dá! É meu! / Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva! 

(E) Claro, quem não chora não mama! / Olha como o vovô está quietinho, mamãe! 

14. (VUNESP/2018) Nas passagens “Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.” (4o parágrafo) e “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como este!” (penúltimo parágrafo), as conjunções destacadas estabelecem, correta e respectivamente, relações de sentido de 

(A) conformidade e causa. 

(B) comparação e causa. 

(C) conformidade e comparação. 

(D) comparação e comparação. 

(E) conformidade e conformidade.

15. (VUNESP/2018) Considere os trechos do texto: 

• Há quem discorde. (3o parágrafo) 

• Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. (3o parágrafo) 

• Vou até mais longe: vida é pontuação. (5o parágrafo) De acordo com o sentido do texto e com a norma-padrão, os enunciados podem ser ampliados, respectivamente, com as reescritas: 

(A) Há quem discorde dessas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor do que uma citação. / Vou até mais longe, afirmando que vida é pontuação. 

(B) Há quem discorde com essas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor como uma citação. / Vou até mais longe, afirmando de que vida é pontuação. 

(C) Há quem discorde ante essas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor do que uma citação. / Vou até mais longe, afirmando em que vida é pontuação. 

(D) Há quem discorde contra essas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor de que uma citação. / Vou até mais longe, afirmando que vida é pontuação. 

(E) Há quem discorde nessas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor que uma citação. / Vou até mais longe, afirmando de que vida é pontuação. 

16. (VUNESP/2018) Nas frases “Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente citações.” (3o parágrafo), “Vou até mais longe: vida é pontuação.” (5o parágrafo) e “A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos.” (5o parágrafo), as expressões em destaque podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido ao texto, correta e respectivamente, por: 

(A) também; bem além; distinguida. 

(B) somente; bem além; limitada. 

(C) inclusive; bem adiante; orientada. 

(D) apenas; bem aquém; restrita. 

(E) unicamente; bem afora; orientada. 

17. (VUNESP/2018) De acordo com a norma-padrão, o trecho do 4o parágrafo “ … gramática é um negócio importante e gramática se ensina na escola…” está corretamente reescrito em: 

(A) Se ensina gramática na escola devido à sua importância. 

(B) Gramática é um negócio importante cujo ensina-se na escola. 

(C) Se ensina gramática na escola, devido a sua importância. 

(D) Como a gramática é um negócio importante, a escola lhe ensina. 

(E) Gramática é um negócio importante que se ensina na escola.

18. (VUNESP/2018) Assinale a alternativa em que há expressão(ões) empregada(s) em sentido figurado. 

(A) Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu excelente inglês, até que descobriu a gramática. 

(B) Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as revistas MAD e outras que vocês podem imaginar. 

(C) Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e Dona Nair Freitas que me ensinaram. 

(D) Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação. 

(E) Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente citações.

Leia o texto para responder às questões de números 19 a 24.

Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê. Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que perturba ____ linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta fechada ____ costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas passadas para chegar ____ essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e, aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica que um personagem fala ____ outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página quarenta e oito... Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito páginas! 
(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado) 

19. (VUNESP/2018) Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

(A) as ... às ... a ... a 

(B) às ... às ... à ... à (C) as ... às ... à ... à 

(D) às ... as ... a ... a 

(E) as ... as ... à ... à 

20. (VUNESP/2018) O texto relata que 

(A) o livro cativa o adolescente, ansioso por terminar logo a leitura das quase 500 páginas. 

(B) o xingamento do adolescente é inevitável, mas ele se arrepende e volta a ler o livro.
 
(C) o adolescente considera penosa a tarefa de ler um livro de 446 páginas.

(D) a recordação do conteúdo do livro ameniza o sofrimento do adolescente com a leitura. 

(E) a história do livro desanima o adolescente, que pula páginas em busca de um diálogo.

21. (VUNESP/2018) Nas passagens “Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê.” e “negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros”, os termos destacados têm como antônimos, respectivamente: 

(A) enclausurado e apertados. 

(B) liberto e expandidos. 

(C) apartado e ampliados. 

(D) solitário e espalhados. 

(E) solto e limitados. 

22. (VUNESP/2018) Com a passagem “O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas!”, entende-se que a página “500” do livro seria a 

(A) quinquagésima, minimizando a importância da obra. 

(B) quinquagésima, questionando a importância da obra. 

(C) quinhentésima, evidenciando o tamanho da obra. 

(D) quingentésima, reforçando a extensão da obra. 

(E) quingentésima, enaltecendo o conteúdo da obra. 

23. (VUNESP/2018) No texto, um dos trechos construídos com palavras e expressões em sentido próprio é 

(A) “Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito páginas!”, o qual revela o pensamento do adolescente e, ao mesmo tempo, sinaliza sua dispersão na leitura. 

(B) “Ele está sentado diante da janela, a porta fechada...”, o qual remete à ideia de que o adolescente, tendo de realizar a tarefa de ler, fica circunspecto, analisando-se frente à situação imposta. 

(C) “Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que perturba...”, o qual remete à ideia de que o adolescente queria estar em outro lugar. 

(D) “Páginas completamente cheias de linhas apertadas entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros...”, o qual mostra a percepção objetiva que o adolescente tem da leitura. 

(E) “... e, aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica que um personagem fala...”, o qual indica que, aos poucos, o adolescente vai se interessando pelo livro. 

24. (VUNESP/2018) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal, de acordo com a norma-padrão. 

(A) A página do livro cheia de linhas apertadas e negros parágrafos deixam o adolescente com falta de ar. 

(B) O adolescente está no quarto, sentado diante da janela. Passou as horas, e ele não tem coragem de contá-las. 

(C) Ao encontrar um diálogo, o adolescente espera que hajam longas conversas entre as personagens. 

(D) O livro tem exatamente 486 páginas. É quase 500 páginas de leitura, e praticamente não existe diálogos. 

(E) O bloco de doze páginas provoca os xingamentos do adolescente, e logo são proferidas as desculpas.

GABARITO

01 - B
02 - E
03 - A
04 - C
05 - C
06 - B
07 - A
08 - D
09 - E
10 - B
11 - A
12 - E
13 - D
14 - C
15 - A
16 - B
17 - E
18 - D
19 - A
20 - C
21 - B
22 - D
23 - A
24 - E


12 de mar. de 2020

IBGE abre processo seletivo com mais de 208 mil vagas para todo o Brasil

IBGE abre processo seletivo com mais de 208 mil vagas para todo o Brasil
O IBGE abriu nesta quinta-feira (5) dois Processos Seletivos de nível fundamental e médio para preenchimento de 208.695 vagas para todo o Brasil. As oportunidades são para Agente Censitário Municipal, Agente Censitário Supervisor e Recenseador. Os salários variam de R$1.700,00 e R$ 2.100,00, exceto para o cargo de Recenseador que terá sua remuneração calculada através da produtividade do profissional. As inscrições serão realizadas pelo site do Cebraspe até o dia 24 de março de 2020

3 de mar. de 2020

Simulado: Flexões Verbais - Língua Portuguesa. Concursos de Nível Superior


1.(FAUEL/2019) Na frase "Nós, os fundadores da Constituição, não queríamos que a liberdade individual pudesse ser diminuída pela força, nem mesmo pela lei", o verbo “queríamos” está flexionado no: 

(A) futuro do pretérito da terceira pessoa do plural. 
(B) pretérito imperfeito da primeira pessoa do plural. 
(C) futuro do presente da segunda pessoa do plural. 
(D) pretérito mais-que-perfeito da primeira pessoa do plural.

GABARITO

1 - B

Simulado: Função Sintática - Língua Portuguesa. Concursos de Nível Superior


1.(FAUEL/2019) Na oração “o que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo”, exerce a função sintática de núcleo do sujeito o termo:

(A) o que 
(B) tamanha 
(C) degradação 
(D) medo 

GABARITO

1 - D

BNCC




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